29 setembro 2015

ENTREVISTA: JUSTIN BIEBER FALA DE RELIGIÃO, NOVO ÁLBUM, SELENA, PRISÃO E MAIS NA COMPLEX!


Justin Bieber é capa da edição de Outubro/ Novembro da revista norte-americana,Complex, e durante uma entrevista sincera e de fazer perder o fôlego a cada linha, com palavras firmes e uma confiança e sabedoria em sua sede de "não calar a voz" o canadense de 21 anos mostrou o "novo Justin Bieber", que se formou a partir de toda a sua trajetória até aqui e que nem ele ou seus fãs orgulhosos voltariam atrás por nada.
Justin falou sobre suas novas inspirações musicais, o que tem preparado para seu novo álbum que será lançado dia 13 de Novembro e abriu o jogo sobre os desafios de seu relacionamento passado com a atriz e cantora Selena Gomez, com quem namorou por cerca de 2 anos, esclareceu pela primeira vez em detalhes o momento de sua prisão em Miami, em 2014 e ainda comentou sobre sua fé. 

Confira a entrevista traduzida abaixo:

É após o meio-dia de uma quinta-feira nublada no ostentoso Hotel Montage Beverly Hills quando um homem musculoso vestindo uma camiseta preta justa, jeans preto e botas brilhantes aparece em uma cabana à beira da piscina privada e me entrega o seu cartão.
"Eu sou o segurança do Justin, quem é você?", ele diz. Depois eu explico para "Sarge" que eu sou da COMPLEX  e estou aqui para entrevistar Justin (último nome: Bieber), ele adoça. Justin, ao que parece, está atrasado, ele ainda está se recuperando da remoção de todos os quatro dentes do siso, um deles me contou mais tarde que estava infeccionado.
Três anos atrás, Justin Bieber apareceu na capa da Complex como um garoto de 18 anos de idade. Na época, ele era um relativamente imaculado ídolo pop adolescente - então é claro que ele foi fotografado em um ringue de boxe, ensanguentado e machucado (o sangue era falso; o bife que ele segurou contra seu rosto não era real). Nos anos seguintes, Bieber teve a sua quota batida: um fim de namoro ruim, vários desentendimentos com a lei, uma noite na cadeia por dirigir embriagado e por fazer corridas, e algumas palhaçadas, incluindo uma deposição infame e agressiva e fazer xixi em um balde. Dependendo de pra quem você pergunte, Bieber tinha sido um completo "bad boy" ou estava simplesmente lidando com as dores do crescimento associadas a ser um lindo e fabulosamente rico pós-adolescente.
Ainda assim, a legião de fãs de Bieber (72 milhões de amigos no Facebook e continua crescendo) ficou com ele. E agora ele tem um novo público: esse ano ele tem um par de top 10 hits ( a colaboração de Diplo e Skrillex, “Where Are Ü Now” e “What Do You Mean?” o primeiro número 1 da Billboard dele); ele também está trabalhando com Kanye West e Rick Rubin no primeiro álbum dele após 3 anos. Além de estar em um modo de gravações, ele fez gravações esporádicas para melhorar sua imagem que incluíram o Comedy Central Roast, aparições no programa da Ellen, um vídeo de karaokê no carro com James Corden, e uma performance no VMA que acabou em lágrimas. Mas após alguns alguns falsos recomeços, será que Justin realmente virou a página?
Quando Bieber finalmente aparece para a entrevista, usando shorts do Chicago Bulls e tênis Yeezy Boost 350s, a diferença de agora e 3 anos atrás é imediatamente evidente. Ele não é o mesmo garoto que estava jogando Temple Run e rabiscando nos bastidores quando nos encontramos pela primeira vez em 2012. Agora, Bieber faz questão de olhar nos seus olhos quando está falando, e uma coisa é clara: ele está com vontade de falar. Enquanto ele pega seu salmão do outro lado da mesa, ele não mede palavras ao falar sobre seu passado, uma fase difícil e seu novo sistema de apoio, de uma pessoa só.
Um monte de pessoas que trabalham com você, incluindo Skrillex, dizem que você é hipercompetitivo. Você sempre foi assim? Isso ficou ainda mais intenso conforme você cresceu?
Justin: De maneiras diferentes. Eu me preocupo com coisas diferentes agora. Eu acho que eu era competitivo de uma forma diferente, eu costumava focar em coisas provavelmente erradas, e agora estou apenas focado em vencer e fazer o melhor que posso.
Skrillex também diz que você é bom em tudo. Ouvi dizer que você apareceu num evento de caridade de ping-pong e acabou com Action Bronson.
Justin: Crescendo, eu literalmente obtive minha identidade sendo bom em fazer as coisas. Eu sempre quis ser o melhor porque eu senti que é dessa forma que consigo minha auto-estima. Na verdade, isso me fez bem a longo prazo porque agora eu posso ir andar de skate e me divertir. Eu era a única pessoa da minha escola que andava de skate e era do time de basquete.
Eu acho que isso também me colocou em apuros quando eu era jovem, porque as pessoas não gostam quando as pessoas são boas nas coisas. Eles simplesmente odeiam isso, e isso tem muito a  ver com o ódio sobre mim em geral. Você vê um cara que é bem sucedido e ele está fazendo o que ama e as pessoas não acham isso muito bom às vezes. Eu provavelmente seria da mesma forma se eu estivesse no Canadá, vendo esse garoto dirigindo por aí em todos esses carros de luxo e tal.
Com toda essa competitividade, é difícil pra você se manter quieto quando você está gravando?
Justin:  É claro. Eu ouço músicas no rádio e na verdade, eu não sou um fã da música atual. Eu ouço elas e fico tipo “Ugh, porque estão tocando tanto essa música agora?” Eu tenho muitas músicas incríveis que quero compartilhar com o mundo.
Você trabalhou com muitos artistas; agora está trabalhando com Kanye. Como ele é diferente?
Justin: É a pegada criativa dele. Eu toco uma música e ele fica tipo “Cara, isso me lembra tipo um por do sol em luz negra” ou algo assim. Ele tenta criar essas figuras pra você. Não é de um jeito mediano. Ele não só chega e diz “Isso soa bem; isso não soa bem”. Ele fica tipo “Isso é assim porque o mundo precisa disso”. Ele tem um ponto de vista totalmente diferente.
Você disse que este álbum foi descartado anteriormente por não corresponder com a sua mentalidade. O que estava faltando?
Justin: Eu, provavelmente, fiz três ou quatro álbuns que ainda não lancei. Eu recebi todos esses estilos diferentes, e tentei mergulhar em diferentes ideias, e eu finalmente cheguei em algo que era muito genial. Eu tenho essas colaborações com Skrillex e Diplo, como "Where Are U Now" que acabou de decolar. Essa é a primeira música no top 10 deles. Isso só mostra que nós estamos quebrando as barreiras do mundo EDM. Acho que as pessoas estão tentando fazer isso há um tempo, fazendo música de dança, como Usher e todas essas pessoas, mas eu acho que isso não tem sido feito da maneira certa.
O que o Bieber de 21 anos faz pra se divertir em comparação ao Bieber de 18 que eu entrevistei há 3 anos?
Justin: Bem, eu... Jogo muito golf. Eu queria jogar golf hoje. É muito bom, não sou ótimo nem nada. Eu curto. E também, eu posso beber agora. Então eu bebo de vez em quando.
Você acha que estar perto de pessoas como Floyd Mayweather faz você ser um alvo fácil?
Justin: Com Floyd, ele é apenas uma imagem. Acho que ele não é bom em ser humilde, mas esse não é o trabalho dele. Quero dizer, é bom ver pessoas que são apenas humildes e legais e pés no chão e tranquilas, mas ele está tentando obter números pro canal pago. Ele diz coisas loucas apenas por atenção. Quando as pessoas puderem parar de ser estúpidas – desculpe por dizer isso – mas quando as pessoas puderem parar de se ligar tanto a isso e apenas olharem o fato de que ele está fazendo isso pelo entretenimento...
Ele é um cara do esporte. Eu sou um cara da indústria também, mas tenho muitas pessoas que me ajudam a fazer isso. E também, você passa por um ponto onde – não sei se ele passou por isso ou não – mas pra mim, eu passei por um momento de fazer isso por mim e fazer tudo na indústria por mim e eu estava infeliz porque ser capaz de fazer as coisas pelos outros é a melhor dádiva de todas. Eu estava passando a perna em mim mesmo por não curtir os momentos que eu deveria curtir e fazer as coisas pelos outros.
Eu esqueci quem eu era, quem minha mãe me criou para ser. Eu mudei a direção e fui contaminado. Cheguei na indústria musical aos 13 anos. Eu estava tentando confiar nas pessoas e eles partiram meu coração aos 15. Você tem suas percepções sobre as pessoas. Tem pessoas incríveis que são amáveis, ótimas, alegres. Mas eu só via pessoas que são ruins e estavam obtendo vantagem sobre mim. Quando se tem essa perspectiva, o seu jeito de agir muda. Eu estava, basicamente, agindo como “foda-se todo mundo”. Então eu comecei a fazer as minhas próprias coisas. Eu entrei em um pouco de confusão – nada que um outro cara de 20 anos não tenha feito – apenas me rebelei um pouco. Agora, com 21 anos, eu estou voltando a mim mesmo e estou cercado de pessoas muito legais que não têm medo de me dizer o que é real.
No ano passado você disse que se tornou pretensioso. Houve alguma vez em que você se sentiu invencível?
Justin: É claro.
Como?
Justin:  Eu fazia qualquer coisa. Eu fazia tantas coisas que eu nem deveria estar mais nesse planeta. Acho que foi pela graça de Deus. O tempo todo, Scooter fez questão de me manter seguro e fez questão de  que as coisas não se intensificassem. Ele consertava qualquer situação. Isso meio que não era bom, porque eu ficava tipo, qualquer hora que eu quiser fazer algo, Scooter vai tomar conta disso pra mim. Isso saiu pela culatra algumas vezes. Foi uma jornada legal e uma experiência incrível de aprendizagem. Eu não me arrependeria de nada. Eu não faria nada de novo. Eu faria tudo do mesmo jeito. Eu não vou dizer que sinto muito pelas coisas que fiz, porque eu acho que isso me permite contar uma história. Se eu tivesse entrado na indústria em uma idade jovem e nunca tivesse falhado, as pessoas ficariam se perguntando: Quem é esse garoto? Ele não é relacionável. Agora, eu passei pela minha fase de merda, saí do outro lado, e eu vou mostrar que isso melhora.
Quando você saiu da cadeia, você sentou no topo de um carro. Pareceu uma afirmação.
Justin: Acho que foi uma afirmação também. A polícia, eles só queriam a imprensa, eles queriam atenção. Eu nunca dirigi mais do que o limite de velocidade, eu nunca fiz um racha. Tudo que saia de Miami era “Justin fazendo um racha com seu pai”. Em primeiro lugar, meu pai nem estava comigo. Ele apareceu depois porque ele ouviu dizer que eu fui parado pela polícia, então ele veio ver se eu estava bem. O policial, supostamente, queria ser famoso por prender celebridades, e alguém ouviu ele dizer isso. Eu não estava bebendo. Eu fiz o teste [do bafômetro] e eu tinha 0.01 [de álcool no sangue]. Talvez eu tenha bebido uma cerveja no dia ou algo do tipo. Eu fiquei tipo “Policial, o que está acontecendo? O que eu fiz?” e ele ficava tipo “coloque suas mãos no capô!” E eu fiquei sem acreditar, levantei minhas mãos e disse “O que você quer dizer, o que está acontecendo?” e ele falou “Eu te disse, coloque suas mãos no capô! Agora você está preso por resistir a prisão!” Eu senti isso, cara. Eu fiquei pensando “oh, eles estão tentando me pegar agora a qualquer custo”. Eu fui e vou te contar que aquelas 24 horas foram péssimas. Estava muito frio. Essa é a pior parte disso.
Muitas pessoas que passaram uma noite na prisão dizem que foi a pior noite da vida deles
Justin:  Estava congelando, era desconfortável; tem pessoas lá que você apenas não quer perto de você. Tinha pessoas gritando comigo. Eles estavam dizendo “Bieber! Nós estamos com você, cara! Aye! Mantenha sua cabeça erguida, mano!” Foi meio que divertido ouvir aquilo, especialmente das pessoas que estavam presas.
Nesta fase em sua carreira, é difícil de ser politicamente correto e sem remorso sobre o que você realmente sente? Na deposição, eu pude ver o por que das pessoas dizerem que você estava sendo um pirralho. Mas há um monte de pessoas que achavam que aquilo era engraçado. Você luta contra a balança?
Justin: Eu aprendi a equilibrar. Eu não tenho que ser super regrado, um cara rígido. Ainda posso me divertir com as coisas. Às vezes pode parecer que estou sendo um pouco arrogante, às vezes estou brincando e me divertindo. Acho que o depoimento foi um pouco demais. Estou tentando encorajar as pessoas, e não acho que essa seja a atitude certa a tomar. Eu também estava frustrado. Estava num lugar estranho. Foi irritante. Eu apenas senti que não devia nada para aquele cara. Eu estava apenas fazendo uma bagunça com todas as perguntas dele. Eu também entendo ele. Ele estava muito frustrado. Uma hora dele apenas tipo, sem saber o que falar ou fazer.
De todas as críticas que você recebe, você acha que alguma foi insignificante ou injusta?
Justin: Honestamente, acho que fazer xixi no balde não foi tão surreal quanto as pessoas fizeram parecer. Só porque, cara, pense nisso. Imagine, você ouve dizer que o Ozzy Osbourne faz xixi nos bastidores. Imediatamente “Oh, ele é um puta rock star!”. Quando eu faço isso “Ele está sendo um pirralho.” Cara, ser pirralho é mijar no balde? Eu tinha que mijar, todos temos. O banheiro era do outro lado, e o cara da boate ficou tipo “apenas mije aqui.” Ele disse que eu podia e eu não estava sendo desrespeitoso. Acho que aquilo foi muito repudiado, mais do que deveria ter sido.
Você acha que algumas pessoas ao seu redor queriam que você se rebelasse?
Justin: Sim, eu acho.
Você teve que afastar muitas pessoas recentemente?
Justin: Sim, não é nem culpa deles. Não é que eu esteja afastando eles tipo, como se fossem tóxicos. Eu poderia ficar perto sem fazer aquelas coisas porque as coisas que faço não são quem eu sou. O que eu realmente quero que as pessoas vejam é que esse próximo capítulo não é o artista Justin Bieber. Eu quero que as pessoas comecem a me ver e sentir que podem se conectar comigo. Eu acabei me tornando tão incompreensível no ano passado com todas as coisas que eu estava fazendo. Nem mesmo coisas ruins às vezes, apenas coisas ultrajantes. Tipo, você tem um macaco, o que você está fazendo?
Certo.
Justin: Eu poderia dizer isso inúmeras vezes, eu estou mudando e fazendo isso com a minha vida, mas a menos que eles comecem a ver algo tangível tipo “oh ele está ajudando essa pessoa; ele nunca teria dito algo desse tipo há 1 ano atrás; ele nunca teria sido responsável por algo assim há 1 ano atrás, mas agora ele está realmente sendo um homem e entendendo o compromisso, entendendo o valor do tempo, das pessoas...”
Quando você se torna famoso, você conhece pessoas que vão apoiar o que quer que você faça. Você faz algo e eles ficam tipo “Isso foi insano, Justin!” Quando você é jovem, especialmente, você não sabe quem está te sacaneando. Vou fazer questão de não ter esse tipo de pessoas ao meu redor, que me fazem parecer um idiota. Você não entende - é uma coisa normal pros seres humanos, mas nunca tive isso na minha vida. Nunca nem tive isso com meus pais. Acho que eles apenas não sabiam como. Nunca construímos a relação certa. Agora estou tendo relacionamentos reais onde tem dois caminhos. Eu não entendia como isso funcionava porque o jeito que as pessoas interagiam comigo era sempre tão estranho e nunca foi completamente 100% genuíno.
Você também se apaixonou muito jovem.
Justin:  Sim.
O que você aprendeu com isso?
Justin:  Não se apaixone. Não, estou brincando. Aprendi muito. Eu e minha namorada fomos morar juntos quanto eu tinha 18 anos. Comecei a minha própria vida com ela. Era tipo um casamento. Morar com uma garota, era muito para aquela idade. Mas estávamos muito apaixonados. Nada mais importava. Éramos um pelo o outro. Mas quando é assim e você obtém seu valor a partir disso, as pessoas sempre vão te decepcionar. Sua namorada ou seu amigo, eles sempre vão te decepcionar. Sua identidade completa não pode estar em uma pessoa. Minha identidade estava nela. A identidade dela estava em mim. Quando as coisas aconteciam, eu perdia a cabeça e ela perdia a dela, e nós brigávamos porque estávamos investindo muito um no outro. O amor é uma escolha. O amor não é um sentimento. As pessoas nos filmes fazem parecer que é um conto de fadas. O amor não é isso. Você não vai querer amar a sua garota às vezes, mas você vai escolher amá-la. Isso é algo na vida que eu tive que descobrir. Não posso me apoiar nas pessoas. Tenho que me apoiar em Deus. Tenho que confiar nele em todas as minhas situações. Então, espero, que meus outros relacionamentos floresçam ao meu redor. Mas se eu for tão focado em você, se você morrer, ou algo acontecer com você, eu vou ficar tão destruído que não serei capaz de seguir em frente. Se eu puder te amar e saber que eu não sou quem realmente sou porque você está sendo legal comigo, mas que eu te amo e acho você uma pessoa incrível só que você está tão machucada quanto eu. Estamos todos tentando descobrir isso.
Você acha que sempre vai comparar seus relacionamentos ao que você teve com a Selena?
Justin:   Sim. Você fica com medo de certas coisas. Até tipo – estou meio que saindo com essa garota, certo? Fico envergonhado de fazer ou falar certas coisas, e então eu digo e nem é um problema. E eu vou me lembrar de quando eu não podia... Você apenas sente medo e você não faz algo porque no seu último relacionamento iriam surtar, mas [a nova garota] é tipo “O que você está falando?”.
Uma das minhas coisas favoritas que vi você fazer no vídeo do carro com James Corden. Você estava relaxado e falando abertamente. Era o Justin Bieber ‘real’?
Justin:  Sim, eu acho. Isso é o que eu quero que o mundo veja mais. Estou cansado de colocar uma máscara e fazer um show pra essas pessoas. Vou ser apenas eu e se não gostarem, não gostaram. Eu sigo em frente. Apenas posso crer que Deus tem isso sob controle. É onde estou. Sou o tipo de cara que sempre quer descobrir. A Ciência faz muito sentido. Então começo a pensar – espere, o “Big Bang”. Para o Big Bang ter criado tudo isso é mais insano pensar assim do que pensar que Deus existe.Imagine colocar muito ouro numa caixa, sacudir a caixa, e então sai um Rolex. É muito absurdo a partir do momento que as pessoas falam isso. Nesse momento, minha fé me trouxe onde estou. Minha fé me levou à um outro nível. Amo falar sobre minha fé. Acho que com os cristãos, eles deixaram isso desagradável. Tipo, excessivamente agressivos com o assunto, excessivamente fanáticos e religiosos.
Tenho familiares que falam muito sobre religião.
Justin:   Algumas pessoas são maus comunicadores. Eles acham algo que funciona muito bem e querem compartilhar isso, mas eles não sabem como compartilhar então acabam sendo agressivos. Tem muita coisa estranha acontecendo nas igrejas. Você já colocou num canal de igreja a noite? Às vezes é tipo “Melhor você fazer isso ou você vai morrer e queimar no inferno!” e você não quer ter a ver com isso. Sou assim também. Não sou religioso. Eu, pessoalmente, amo Jesus e isso foi a minha salvação. Quero compartilhar o que estou passando e o que estou sentindo e acho que isso não deveria ser deixado de lado. Acho que todos deveriam ter sua chance de compartilhar o que estão fazendo ou onde a jornada deles está, quer sejam héteros ou gays ou no que eles acreditam. Estamos num momento agora em 2015 em que as pessoas tem que ter a mente aberta. Na verdade, eu me sinto melhor e mais livre agora que sei o que posso e o que não posso fazer. Minha voz, não vou mais deixar que não seja ouvida. Vou usar minha voz por uma razão. Acho que as pessoas, assim que elas começarem a me ouvir dizendo que sou um cristão, elas vão ficar tipo “Whoa, Justin, pra trás, dê um passo pra trás.” Também, eu não quero enfiar isso goela abaixo das pessoas. Eu, honestamente, só quero viver como Jesus. Não ser Jesus – nunca poderia – não quero que isso soe mal. Ele criou um modelo muito incrível sobre como amar as pessoas e como ser gracioso e gentil. Se você acredita nisso, ele morreu por nossos pecados. Às vezes, quando eu não quero fazer algo, mas sei que é o certo, eu lembro que tenho certeza de que Jesus não queria morrer na cruz, então não temos que sentir o que devemos sentir. O que Jesus fez quando foi a cruz foi, basicamente, dizer “Você não tem que sentir essas coisas”. Nós podemos acabar com nossas inseguranças, podemos afastar todo o sofrimento, toda a dor, todo o medo e todo o trauma. Isso não precisa estar conosco. Então toda essa cura que está tentando fazer é desnecessária. Temos o maior curador de todos e o nome dele é Jesus Cristo. E ele realmente cura. É isso. É hora de todos nós compartilharmos nossas vozes. Independente do que você acredita. Compartilhe isso. Estou em um momento em que não vou segurar isso.
Você não está se restringindo.
Justin:   É tipo uma namorada. Se eu tenho uma namorada incrível, eu vou querer mostrá-la e sair por aí e dizer para as pessoas que ela é do caramba. Não vou traí-la porque ela é a melhor. É tipo com Deus: a coisa toda sobre religião é você apresentar-se santo e fazer suas ofertas pra que Deus possa te abençoar, quando o ponto crucial do relacionamento (deveria ser): “Não, vou fazer isso porque ele me ama. Vou fazer isso porque ele é incrível e não porque eu tenho que fazer, mas porque eu quero”. Essa é a coisa toda da religião que tem sido jogada nas pessoas. Não é um “eu tenho que”. Deveria ser como um relacionamento. Tipo, “Ei, eu te amo porque você me amou primeiro”.
É verdade.
Justin:    Se nós podemos entender que somos todos imperfeitos, vamos até Deus buscar ajuda dele. Você não é fraco por fazer isso. Acho que é um mau entendido frequente dos cristãos, que você está sendo fraco porque não pode aguentar isso. Nenhum de nós pode aguentar esse mundo, cara! Está nos comendo vivo. Mas, cara, não quero fazer isso sozinho. Sei, com toda certeza, que meus pais não podem me dar tudo o que eu preciso. Sei que meus amigos não podem me dar tudo o que eu preciso. Tem algo faltando. Acho que é por isso que os cristãos fazem isso. Não quero falar mal de nada. Como eu disse antes, os cristãos causam essa coisa desagradável nas pessoas, até em mim. Eu estava tipo, eu não vou a igreja. Eu tinha esses amigos da igreja, e eu ficava tipo “vocês são legais, gosto de vocês mas não vou a igreja”. É a mesma coisa de antes, só porque você já foi a uma igreja estranha não significa que isso seja estranho. Não te faz um cristão só ir a igreja. Acho que ir a igreja é uma camaradagem, um relacionamento, é o que estamos aqui na Terra pra fazer, ter essa conexão em que você sinta que não há insegurança. Acho que é onde devemos estar. Como eu disse, você não precisa ir a igreja pra ser um cristão. Se você vai a loja de Tacos, isso não te faz um Taco.
Você disse que se sentiu invencível quando estava no seu período rebelde. Sua fé renovada te faz sentir invencível também?
Justin:    Sim. Me sinto invencível. De um jeito diferente. Eu me sinto invencível tipo, nada é maior do que Deus. Se Deus é por mim, quem pode ser contra mim? Isso me ajudou muito em situações em que me sinto julgado. Isso te dá confiança que é uma confiança divina. É tudo que eu sempre quis. Quero ser amado por ser um cara legal e por ser confiante comigo mesmo, porque sei quem eu sou e o que carrego e o que eu sacrifico.

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