Após uma turbulenta entrada, o astro canadense se dirigiu ao segundo andar da loja, no Green Room, onde deu uma entrevista exclusiva para a jornalista Rosemary Feitelberg, da Women’s Wear Daily. No quarto, longe da loucura da mídia, o cantor assistia “Family Guy” em um tablet enquanto autografava camisas para alguns fãs presentes no evento.
Enquanto esperava pela entrevista, Justin cantava para si mesmo e ocasionalmente se via no espelho, além de conferir se sua calça não estava caindo muito. No quarto havia refrigerante, o doce Swedish Fish, e pratos frios para o cantor, que conversou com a WWD sobre sua dificiduldade financeira durante a infância, Selena Gomez, ambições de estilista, estilo de Usher e por quê ele quer estar casado daqui há 10 anos.
WWD: O que é mais poderoso, moda ou música?
Justin Bieber: Para mim, como um músico, acho que música é a linguagem universal. Não importa quem você seja ou onde você esteja, você ama música, você sabe, qualquer música, seja country ou rock. Música é muito complicado. Traz muitas emoções que você não consegue falar.
WWD: Você vê moda no seu futuro?
JB: Definitivamente, eu quero abrir uma linha de roupas ou de tênis eventualmente, algo assim. Mas nada está sendo feito no momento. Estou focando na minha música agora.
WWD: Há algum estilo de alguém no qual você se espelha?
JB: Sim, Kanye West. Usher é legal de verdade. Ele sabe muito mais sobre moda do que eu. Estou aprendendo com ele. Ele me ajuda a combinar coisas e encontrar diferentes estilistas que eu nunca ouvi falar. Eu acabei de conseguir um par de óculos escuros da Fendi. Nunca tinha ouvido falar deles antes. Eu gosto de Louis [como em Vuitton]. Eu comecei a usar os cintos deles e tal, que eu gosto muito [levantando sua jaqueta para revelar uma fivela de cinto "LV"].
WWD: Como você descreveria seu estilo?
JB: Eu tento não exagerar. Eu tento deixar, não sei qual é a palavra – não gosto de ficar muito elegante. Não gosto de me vestir bem. Gosto muito de manter casual.
WWD: Você acha que é mais influente do que Barack Obama ou Dalai Lama, como aquele relato britânico sugere?
JB: Não, eu acho que essas pessoas são muito influentes e populares. Apenas tenho sorte de estar na posição na qual estou.
WWD: Sua carreira saiu como você esperava?
JB: Eu nunca pensei que seria assim. Eu fiz por diversão no começo. Agora que ficou tão louco, às vezes relembro e penso, “Nossa! Isso é uma loucura.” Eu me apresentei para o Presidente dos Estados Unidos. Aquele foi um momento louco. Ganhar um VMA, aquele foi um grande momento.
WWD: Como você se mantém normal?
JB: Eu amo praticar esportes e tal. Eu adoro ficar com meus amigos. Sou apenas um garoto de 17 anos normal. Eu cresci jogando hóquei então eu gosto de entrar no gelo de vez em quando. Eu amo jogar basquete e tento jogar futebol o máximo que posso.
WWD: Por que você decidiu ter um componente para a caridade em cada acordo de negócios que você faz?
JB: Eu amo o que eu faço mas eu acho importante retribuir, especialmente para mim. Eu era menos favorecido. Não tinha muito. Cresci em uma casa bancada em parte pela pouca renda da minha mãe e outra parte pelo governo do Canadá. Sempre foi difícil para mim.
WWD: O que foi difícil?
JB: Nós sempre tínhamos que pegar comida em doações. Eu sempre pensei, “Se eu ficar rico ou famoso algum dia, vou ajudar pessoas que são menos favorecidas do que eu.” Esse ano eu estou ajudando com a doações de alimentos na minha cidade natal. Estou apenas tentando fazer o quanto eu posso com tudo que eu faço. Com Pencil of Power, nós demos U$1 para cada ingresso vendido em minha turnê, o que foi incrível.
WWD: Quão influente sua mãe foi em sua vida em relação à sua sabedoria como uma mãe solteira?
JB: Ela sempre me pressionou para que eu fosse o melhor que pudesse ser. Mas ela nunca me pressionou. Ela sempre me deixou fazer o que eu queria. Ela deixou eu seguir meus sonhos. Ela nunca me segurou.
WWD: Você disse a uma das crianças mais cedo que você ainda estava amigável com Selena.
JB: Ela é incrível. Ela é minha namorada agora.
WWD: Onde você se vê em cinco anos?
JB: [Contando discretamente] Bom, aos 25 ou 26, eu quero me ver, tipo, casado ou começando a procurar por uma família. Quero ser um pai jovem. Eu quero ser capaz de fazer o que eu queria – para ser bem-sucedido, para fazer um filme ou tanto faz. Mas se o tempo for certo, eu definitivamente quero estar casado aos 25.
Só uma coisa – não quero me casar agora.

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