O site The Star publicou uma matéria com entrevistas curiosas com vários moradores notáveis de Stratford, cidade natal de Justin Bieber no Canadá. Desde a diretora da ONG onde Justin realizava atividades esportivas até o dono do restaurante que o astro mais gostava de freqüentar, defenderam e contaram diversas curiosidades sobre o canadense mais famoso do mundo da música e certamente um dos mais famosos da história do país.
Confira a matéria traduzida pelo Bieber Mania Brasil:
Um Epiphone (violão) autografado está emoldurado em vidro, ao lado de um cartaz publicitário do filme, “Justin Bieber, Never Say Never”, no escritório de turismo da cidade.
Todo verão os adolescentes se reúnem para o Long&McQuade do outro lado da rua e começam a se emocionar com a visão do antigo violão do astro pop adolescente, longe do alcance em uma prateleira acima da porta.
Camisas em vitrines ao longo da rua principal, Ontario St. estampam, "'Por Bieber’ ou ‘Não ao Bieber’," uma reação com o festival de Shakespeare que era a principal atração e fama da cidade, até que Bieber apareceu.
A cidade natal de Bieber, Stratford, Ontário, já se deleitou com o brilho de seu garoto prodígio, que deu um salto de um adolescente esperançoso que fazia covers e postava no YouTube para um dos maiores nomes do mundo da música.
Mas as manchetes sobre seus dedicados fãs, suas realizações musicais, seu trabalho com a caridade, seus prêmios, têm diminuído nos últimos tempos.
Em seu lugar, a notoriedade.
No mês passado, houve a invasão da polícia em resposta às queixas de um 'ataque de ovos' a casa de um vizinho; houve a prisão em Miami por supostamente dirigir sob influência e fazer ‘pega’, sem contar da acusação de agressão em Toronto, por supostamente bater em um motorista de limusine.
Atualmente, as manchetes gritam sobre as polêmicas e a queda de um astro teen. Mas, em Stratford, ele não é simplesmente um tema comum do showbiz.
As pessoas de lá estão cansadas e desconfiadas com a atenção da mídia e os danos que isso causa a Bieber, sua família e seus amigos.
"Qual é o seu ponto de vista?" Alguém diz, quando é questionado sobre Bieber.
"Esta é uma história sensacionalista? Se for, eu não estou interessado", diz outro.
"Eu acho que envolve um pouco de cansaço, em conjunto com o ciclo contínuo de notícias que surgem sobre ele", diz o prefeito Dan Mathieson.
Existe uma grande preocupação aqui, desde aqueles que conheciam o rapaz antes dele se tornar o Bieber e para aqueles que ele ainda é apenas o Justin. E ele é Justin, afinal, ele ainda é apenas um garoto.
Ele é aquele garoto que costumava agitar a YMCA na Downie St., com um skate quebrado na mão, à procura de uma chave de fenda para concertá-lo.
O garoto que levou seu laptop para o refeitório gritando na Northwestern Secondary School ao mostrar o seu sucesso musical on-line e dizendo: "Olha! Eu tenho 500 visitas!”
Aquele garoto, "um tanto imbecil", inquieto no restaurante Madelyn’s Diner com sua mãe ou os avós, indo acampar com a neta do proprietário.
Ele é aquele garoto que cantou músicas nas escadas do Avon Theatre para os turistas que vinham para a cidade de 30.000 habitantes no verão; aquele que cantou "his little heart out" na máquina de karaokê do centro da juventude até que ele teve que ser colocado para fora às 9:00h quando fechou.
"E ele ainda é uma criança. Lembre-se disso", diz Mimi Price, diretora executiva daStratford-Perth Family YMCA.
"Justin cresceu na YMCA", diz Price, "Praticou esportes aqui, fez parte do centro da juventude na rua. Em 2010, ele voltou com uma equipe de filmagem para filmar algumas cenas para o seu filme, “Never Say Never”, lançado no ano seguinte."
Ela tem um cartaz esfarrapado com fotos de um jovem Justin cantando karaokê. Um autógrafo gravado nele já foi tocado por inúmeras jovens fãs. "Elas costumam chorar quando eu mostro a camiseta do YMCA autografada por ele, sim, a que Justin usava, aqui nesta foto em nosso quadro de avisos."
"Estamos 100 por cento ao lado dele", diz Price. "Ele é um dos nossos, ele é um dos nossos filhos e nós cuidamos dos nossos."
Price lembra de ter comentado com os produtores do filme de sua preocupação com ele, estando por aí, sendo o centro das atenções, sem ter nem mesmo uma banda que o acompanhe, como por exemplo o N'Sync ou os Beatles – que compartilharam o peso da fama.
O produtor disse a ela, "Não se preocupe, tem boas pessoas acompanhando o Justin".
"Depois que eles saíram, eu pensei, 'Sim, e todo mundo está à procura de um cheque de pagamento’," diz Price. "Toda a comunidade está preocupada. É preocupação e raiva ao mesmo tempo, é um conjunto complicado de emoções que estamos sentindo, porque... nós queremos ter certeza que ele está bem e como é que vamos fazer isso?"
Martin Ritsma, diretor da antiga escola de Justin, Northwestern Secondary, diz que Justin era um estudante comum que amava esportes e música. Agora, um trio de fotos de Justin está enquadrado no escritório.
"Eu acho que ninguém na época pensou, 'Oh meu Deus, esse garoto é um músico",diz ele. "Aqui está um rapaz que a maioria das pessoas viu pouco potencial, mas ele teve que sair e fez alguma coisa, quando dada a oportunidade, ele saiu e conquistou o mundo."
Uma placa na parede acima de Ritsma diz, 'Tudo é possível' abaixo do nome de Justin.
“Justin teve seus escorregões e quedas,” diz Ritsma. “Assim como a maioria dos adolescentes. Mas a questão é que a maioria não é notado por todo o mundo.”
"Vejo homens e mulheres jovens que cometem erros todos os dias", diz Ritsma."Obviamente, com Justin é diferente, porque ele já está no centro das atenções (internacionais), o que ele fizer vai sair nas notícias internacionais."
Mas na escola de cerca de 1.150 alunos no norte da cidade, Justin é visto como um exemplo de superação, que traçou os seus sonhos, no espírito do lema de Ritsma em superar as barreiras.
“Nós seríamos tolos se não disséssemos, ‘Uau, olha o que um dos garotos ou garotas que andavam neste corredor alcançou’.”
No Features Restaurant, um pequeno restaurante em Ontário St. que está listado em um mapa do turismo de Stratford como o favorito de Justin para almoçar, Jeff Claytonjá respondeu à perguntas de repórteres de lugares tão distantes como a China.
Clayton foi companheiro de quarto da mãe de Justin. Ele é um conhecido do garoto de 19 anos e costumava tomar conta dele.
"Ele sempre foi um garoto que ficava causando um pouco de tumulto", diz Clayton, acrescentando que, se ele tivesse uma Lamborghini amarela, ele dirigiria muito rápido também. "Mas ele é um bom garoto, apesar de tudo."
“E as travessuras não são tão diferentes do que as que maioria dos jovens em Stratford fazem em seus anos de adolescência”, diz Clayton.
"São apenas crianças sendo crianças", diz ele. "Ele tem que aprender, como todos os outros fizeram."
Algumas lojas do centro Treasures, como a Jackie Catania, criaram algumas camisetas“To Bieber (Por Bieber) ou Not to Bieber (Não ao Bieber)”.
Stratford tem sido uma cidade turística, que atrai uma multidão em sua maioria de pessoas mais velhas para seu teatro de renome mundial, que teve Christopher Walken e Christopher Plummer no palco.
“Justin trouxe uma dinâmica mais jovem”, diz Catania. "Nós temos os apoiadores ( Por Bieber)", diz ela. "Algumas pessoas são ‘Não ao Bieber’ e algumas pessoas são neutras."
Do outro lado do Avon River há uma pequena colina com a Madelyn’s Diner, que é decorada com desenhos infantis nas paredes, detalhes azul-turquesa e uma grade movimentada onde cozinheiros preparam pratos de hambúrgueres Tear Jerker, café da manhã Hearty Delight e frango Humungous.
A Madelyn’s Diner esteve aqui por 29 anos, operada até 2011 por Madelyn Carty. Sua filha, Krista Moore, é quem comanda agora. Ambas as mulheres já conhecem Justin e sua família há anos, quando ele vinha ao lado de sua mãe ou avós.
Moore suspira quando senta em um estande. Ela está recebendo um monte de telefonemas sobre Justin estes dias. O jantar está listado como "Bieber-iffic!" no mapa do centro turístico de Stratford.
"Ele é uma pessoa real para nós", diz Moore. "Quando eu vejo tudo isso, eu só penso, 'O que eles fizeram com ele?"
Ela menciona uma recente publicação no Facebook feita pelo pai de uma das amigas de infância de Justin. Tratava-se de Kayla Baker, uma garota de 15 anos de idade, que passou os últimos dias de vida em um hospital de Toronto logo depois do Natal do último ano. Justin estava de férias em Stratford e foi visitá-la. A mãe de Kayla o descreveu aoWaterloo Region Record como "muito doce". Kayla morreu poucos dias depois.
"Essa é a parte que as pessoas esquecem - ele faz um monte de coisas boas também", diz Moore. "Ele é apenas um garoto com muito dinheiro, muito rápido."
Moore acaba de desligar o telefone com a mãe.
"O seu grande problema é que ele vai morrer, se alguém não conseguir falar com ele e ajudá-lo de alguma forma, porque ele está apenas em um caminho ruim. Nenhuma quantidade de dinheiro vale isso."
Quando ela foi questionada qual conselhos daria para Justin, se ele estivesse procurando algum, ela disse, "Só para ele voltar para casa", diz Moore. Então ela olha para o lado e aperta suas bochechas. "Eu não sei por que toda vez que eu digo isso, eu sinto que eu vou chorar."
Fonte: The Star
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